Marcha na Serra de Grândola
03-06-2012 09:00Actividade sem fins lucrativos...
Percurso circular através de caminhos rurais, por entre sobreiros (Chaparros) estevas medronheiros, laranjeiras, ribeiros, fontes, montes alentejanos, e ruinas de casas rurais. Com vistas maravilhosas para o litoral alentejano.
A serra de Grândola é de uma beleza cativante com as suas planícies e vales deslumbrantes e pejada de arborização com destaque para os sobreiros centenários estevas e medronheiros que fazem as delícias dos caminheiros com os seus frutos vermelhos e doces.
As ruinas de velhas casas construídas em adobe são testemunho evidente da presença humana que aqui habitou nestes montes alentejanos, abundantes em pastorícia onde rebanhos de ovelhas e cabras e varas de porcos pastoreiam no seu habitat natural.
Cidade de Grândola (Vila Morena Abril 1974).
A presença humana no território data de tempos remotos, são cerca de 40 as estações arqueológicas Identificadas no conselho de Grândola.
A sua dependência em relação a Alcácer do Sal levou a que os moradores pedissem a D. João I I I a carta de foral de Vila que lhes foi concedida a 22 de Outubro de 1544.
Em 1679 fundou-se em Grândola um celeiro comum para fazer empréstimos de trigo a lavradores pobres, passando a celeiro Municipal, aquando da implantação da República.
O século XIX, em Grândola foi um século de progresso.
Em 1890 beneficiou da elevação a Comarca. Até ao início do século XX o crescimento foi residual, baseado na proliferação de pequenas indústrias de transformação de cortiça.
Paralelamente, outras zonas do concelho registaram um desenvolvimento económico significativo
com o surgimento da exploração mineira em Canal Caveira (1863) e Lousal (1900).
O início do século XX foi ainda marcado pelo desenvolvimento das vias de comunicação, o comboio chegou a Grândola em 1926.
Na década de 30 Grândola apresentou um novo impulso de crescimento demográfico e económico, correspondente à campanha do trigo integrada na política ruralista e agrícola do Estado Novo.